O Ápice do Autoconhecimento

O conceito mais forte na cultura do andarilho era o autoconhecimento. Na maioria das culturas é assim, uma pessoa só atinge seu máximo quando se conhece suficientemente. Para a maioria das pessoas o autoconhecimento não precisa ser pleno, basta um pouco, o suficiente para enfrentar os desafios diários.

Mas para o andarilho não poderia ser assim. Ele enfrentara grandes desafios pelo seu povo, lutara em batalhas que garantiram a identidade de sua gente, conhecia toda a sua história. Ele era um exemplo a ser seguido. E ele conhecia-se completamente.

Mas isso não era o fim de uma vida cheia de conquistas, havia muito o que conhecer no mundo. Então o andarilho deixou o castelo do rei, onde por pouco tempo ensinara a vários os segredos de sua técnica de autoconhecimento e assumiu sua natureza mais uma vez: passou a vagar pelo mundo e a aprender o que pudesse.

E o andarilho conheceu muitas coisas e muitas pessoas. Aprendeu muito sobre o mundo e sobre as pessoas. Então, em uma animada conversa numa taverna com novos amigos, percebeu algo em si que não esperava. Era o desconhecido em seus sentimentos novamente. Naquela noite, deitou-se mais cedo.

Deitou-se, mas não dormiu. Não entendia o que acontecia, mas logo veio à sua mente o que ele já deveria ter visualizado há muito tempo: ele havia mudado, constantemente. E preparou suas fórmulas para aceitar a mudança. Era mais uma fase pela qual deveria passar.

Não me preocupo com a cronologia dessa saga quando escrevo, mas devo me preocupar quando publico. Este episódio é anterior à primeira história do andarilho que escrevi aqui. Ainda há cenas a serem narradas até que as histórias se encaixem, e elas aparecerão em breve.

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