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Mostrando postagens de outubro, 2005

Andanças no Outro Mundo 2

Eis a segunda parte deste conto. Obrigado pelos comentários no post anterior, realmente há muita subjetividade aqui, pois esta é a melhor forma que eu encontro para me expressar. E não, não deve ser verdade que eu escrevo tão bem assim... Ainda parece estranho ao andarilho toda aquela movimentação. Estava acostumado à solidão, embora não a visse como boa ou ruim. Era apenas uma outra maneira de viver. Com o tempo passou a gostar da idéia de pertencer a um grupo. E a caravana como um todo gostava de ter acolhido o andarilho. Como sempre, havia entre os membros da caravana alguém que não gostava da influência de estrangeiros. Mas estes se resignaram, confiaram no andarilho, mesmo estando sempre com um pé atrás. Eles mesmos e toda a caravana não deixaram o andarilho perceber este medo. Este foi um grande erro. O andarilho pôde perceber isso algumas vezes, mas nunca teve certeza sobre sua intuição e por isso nunca perguntou. Este foi um erro ainda maior. O andarilho passou a desejar

Andanças no Outro Mundo

Este texto eu estava escrevendo há algumas semanas, mas parei nesta parte. Domingo 16 eu voltei a escrevê-lo e me resolvi a postá-lo. Parece que vai ter 3 partes... Após várias semanas ele acorda. Está em campo aberto. Em meditação reconstrói algumas bases da sua mente e observa o horizonte: precisará encontrar um ponto de chegada, um destino final. Decidido o destino, o andarilho parte buscando alcançá-lo, recomeça sua caminhada. “Tem de ser assim, não se pode parar sempre que te empurram”, ele pensa. O destino não é muito longe e finalmente sua fase de mudanças terminou. Mas cruzam seu caminho. Uma caravana, toda uma cultura distante e desconhecida, um novo mundo do qual apenas ouvira falar. Junta-se a eles, têm o mesmo destino. Apenas alguns dias depois já se sente parte daquilo, como se estivesse lá por toda a sua vida. A caravana o acolhe e ambos rejeitam a idéia de ele a deixar ou de ela o expulsar de sua jornada. Já não caminham em direção àquele destino escolhido na so

Ah, o tempo!!!

Aí vai um poeminha beem antigo, mas totalmente atual (odeio essas comparaçõezinhas, mas essa é real): Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem que descobriu Como distinguir as horas. Produziram, também, ansiedade naquele Que neste lugar construiu um relógio de sol, Para cortar e picar meus dias tão desgraçadamente Em pedacinhos! ― Titus Maccius Plautus (254?-184 A.C.)